sábado, 10 de dezembro de 2011

1099º Dia

Olá Blogueir@s!

Eu estou bem. Uma pressão chata no lugar onde está o cateter e a mão ferrada na última sessão de quimioterapia, melhor, mas, com um aspecto meio nojento. :(

Ontem a pequena cirurgia começou com pouco atraso e por volta das 15:30 horas estava de volta em casa. Nunca tinha estado no Hospital Amparo Feminino e achei meio confuso. Para começar, se não leio atentamente o papel da internação, teria ido parar numa enfermaria, depois que reclamei o quarto privativo pelo qual eu pago apareceu.

A anestesista, muito simpática e eficiente, Dra. Flavia Alves Gomes apareceu no quarto e fez as perguntas de praxe. Na sala de cirurgia, a Dra. Flavia não teve problemas para pegar minha veia, eu apontei onde estava a melhor, ela confiou no meu taco e pegou a veia de primeira. Embora  o "se" não faça parte da História e apesar de profissional do ramo, não resisto em pensar se as enfermeiras tivessem confiado no meu julgamento na última quimio e escolhessem a veia que eu sugeri...

Dr. José Júlio do Rego Monteiro Filho, o cirurgião, apareceu poucos minutos antes de eu dormir. Ele estava feliz porque era dia do seu aniversário e tinha havido bolo e brigadeiro no hospital e por conta de mais uma comemoração depois do trabalho. A equipe muito simpática e alegre, gostei muito de todos.

Quando acordei, menos de uma hora depois, fiquei conversando com a enfermeira dentro da sala de cirurgia, porque os maqueiros estavam sobrecarregados. A enfermeira me contou que tem um sobrinho de apenas treze anos que está se tratando de um linfoma no INCA. Como sempre mais uma história de crianças valentes, que deixam nós adultos com a maior vergonha de como reagimos ao câncer.

Quando os médicos chegaram no meu quarto, eu não estava lá. Então tiveram que passar as instruções para a Meri, que, como sempre estava me acompanhando.Comi um lanchinho que era de fato um lanchinho e voltamos para casa. Ao chegar, ainda tinha uma surpresa dos vizinhos inconvenientes. Meu banheiro estava pronto, mas, o cheiro do verniz novo estava de matar. Abri todas as janelas, que continuam abertas apesar da chuva e do frio, o cheiro melhorou e o fabuloso Max está grato.

Depois recebi visitas, comi bastante porque a fome era negra e a Sônia me ajudou com o papel filme para eu poder tomar banho sem molhar o curativo.

Hoje fiquei aqui sem fazer nada, mas deu para ler a seguinte noticia preocupante, vinda da França:

http://www.portugues.rfi.fr/franca/20111209-franca-abre-investigacao-sobre-ligacao-de-cancer-de-mama-com-silicone

Agora vou me embrulhar de novo no papel filme para o banho.

Uma ótima noite para todo mundo!

 Margareth

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